Hälfte des Lebens
Mit gelben Birnen hänget
und voll mit wilden Rosen
das Land in den See,
ihr holden Schwäne,
und trunken von Küssen
tunkt ihr das Haupt
ins heilignüchterne Wasser.
Weh mir, wo nehm' ich, wenn
es Winter ist, die Blumen, und wo
den Sonnenschein,
und Schatten der Erde?
Die Mauern stehn
sprachlos und kalt, im Winde
klirren die Fahnen.
Meio da vida
Com peras amarelas
E repleta de rosas silvestres
A terra estende-se por cima do lago,
Vós graciosos cisnes!
E embriagados de beijos
Molhais a cabeça
Na sagrada e sóbria água.
Pobre de mim ! onde irei buscar
Quando for Inverno, as flores e
Onde o brilho do Sol
E as sombras da terra ?
Frios e mudos,
os muros erguem-se;
ao vento, as bandeiras tilintam.
Nota
ResponderExcluirEste é um dos poemas mais famosos de toda a lírica alemã. A primeira estrofe apresenta um quadro harmónico entre as forças da vida elementar. A partir da segunda estrofe, porém, há uma ruptura total com a harmonia da primeira estrofe. Aqui encontramos a dissonância da vida em toda a sua dimensão. O próprio ritmo testemunha isso. Poderemos então dizer que neste pequeno poema existe uma tese e uma antítese, sem síntese? Penso que não. No meu modo de ver, o próprio poema será, na sua totalidade, essa tal síntese que aqui parece faltar, ou diga-se, antes, a trindade quântica.